Ministério da Cultura e Petrobras apresentam

Escutar a Terra é lembrar que toda vida tem algo a dizer.

A Terra tem resposta para todos nós. E somos nós a resposta da Terra.

Ailton Krenak, pensador indígena, escritor e ativista ambiental, imortal da Academia Brasileira de Letras

O fundo desta exposição é composto por um manto digital construído coletivamente.

336 pessoas colaboraram com a construção do manto até o momento.

Conheça histórias

Na Terra que somos, há um rio de memórias.

Um rio composto do fluxo das lembranças e saberes que unem todos os povos, permitindo que nos reconheçamos uns nos outros.

Imaginem um grande rio, onde águas de vários lugares - água da chuva, dos igarapés, dos lagos, dele mesmo - vão se integrando, rolando e fazendo fluxo.
Ailton Krenak

Histórias de vida podem revelar experiências diversas com a Terra, com as mudanças climáticas, com os conflitos e resistências pelos territórios, e apresentar outras formas de existir e conviver.

Navegue pelas histórias registradas pelo Museu da Pessoa.

  • Raoni Metuktire é líder indígena e cacique do povo Mebêngôkre/Kayapó, conhecido pela defesa dos direitos dos povos nativos do Brasil. Nasceu por volta de 1932, na vila Krãjmãopryjakare, no Mato Grosso.

    Antigamente, quando o criador criou o povo, só existia a língua dos nossos ancestrais, essa que eu falo até hoje. O pessoal vivia em uma terra única, ainda não existiam rios grandes e mares. Assim meu pai me contava, como o pai dele contou pra ele. Nossos criadores fizeram vários tipos de alimentos, animais e peixes, tudo para nós. Nós acampávamos, os homens iam caçar e as mulheres iam buscar frutos da floresta, mel, palmito, cocos de babaçu. O pessoal vivia em paz. Isso acabou depois que os brancos chegaram.

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  • Niède Guidon nasceu em Jaú, São Paulo, em 1933. Arqueóloga e pesquisadora, fez descobertas que consolidaram o Parque Nacional da Serra da Capivara (PI) como um dos principais centros arqueológicos do mundo, com mais de 800 sítios pré-históricos, indicando presença humana há mais de 100 mil anos. Faleceu em 2025.

    Quando eu cheguei aqui, em São Raimundo Nonato, me deu um prazer muito grande. É o que eu digo, escavação é como casamento: a Pedra Furada foram dez anos escavando, encontrando sempre material. Mandei datar na França os carvões, e quando me telefonaram pra dizer que o carvão tinha 18 mil anos, eu disse: “Não é possível, vocês misturaram as amostras”. A chefe do laboratório disse: “É o teu carvão, volte lá”. Abaixo disso ainda havia material humano, então nós fizemos datar por termoluminescência: há cem mil anos os homens já estavam aqui.

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  • Carlos Papá Mirim Poty é um líder espiritual e cineasta do povo Guarani Mbyá. Nasceu em 1970 e vive atualmente na Aldeia do Rio Silveira, em São Sebastião (SP).

    Quando você está no lugar, em silêncio, água escorrendo, você olha, fixa bem. Pra ser do povo Guarani Mbya, tem que entender o código da floresta. Cada dia, quando se vai na mesma floresta, mesmo que no lugar que você já passou, está diferente. Não tinha formiga, aí, no outro dia, você passa por lá e tem formigas, besouro, tem um pássaro ou uma borboleta. E você tem que analisar, perceber se o tempo amanhã vai mudar, se vai fazer frio ou vai chover: as coisas estão ali como uma bússola que dá indicação. As coisas mudam.

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  • Simão é uma liderança indígena da etnia Guarani Kaiowá e sobrevivente do massacre de Caarapó, vivendo sob constantes ameaças. É coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). Nasceu em 1978 e vive atualmente na Aldeia Kunumi, em Caarapó (MS).

    Tudo mudou depois que criaram a reserva. Os fazendeiros não queriam mais que se atravessasse pela fazenda pra ir em outro território. Depois, quem não queria morrer, vinha para a reserva, ficava trabalhando a troco de comida. Minha avó tomava chimarrão com nós e ia contando. Elas percorriam tudo a cavalo, era uma rezadora muito respeitada. Ela falava: 'Eu acho que é bom você e o seu irmão se ajuntar e defenderem a nossa terra'. Foi muito triste quando teve a morte dela, não chegar a ver o seu território demarcado.

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  • Mônica Santos nasceu em Mariana, Minas Gerais. Vivia com sua família no subdistrito de Bento Rodrigues, atingido pelo rompimento da barragem de rejeitos de mineração de ferro do Fundão em 2015. Formou-se em Direito para defender os direitos dos atingidos.

    A gente andou no território destruído. Eu só queria ter ficado lá com a minha família. Ao lado das pessoas que eu amo e no lugar que eu amo. Dia 5 de novembro de 2015 eu saí de casa de manhã pra trabalhar e nunca mais consegui voltar. Às 16 horas eu recebi uma ligação de que a barragem tinha se rompido. Quando o dia clareou, eu subi numa parte alta, que dava para avistar o Bento Rodrigues, e vi o que tinha acontecido. Tinha muita lama, não existia mais nada, a única coisa que sobrou foi os dois pés de manga que ficavam do lado da casa dos meus avós.

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  • Maurício Ruiz é ambientalista e cientista político, brigadista, fundador e CEO do Instituto Terra de Preservação Ambiental (ITPA). É considerado um dos maiores plantadores de árvores do Brasil (cerca de 5 milhões). Nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 1982.

    Foi a minha avó que me carregou pra conhecer. Na Tijuca, ali pela rua Mariz e Barros, tem uma das árvores mais antigas do Rio de Janeiro. É uma figueira roxa, que praticamente ninguém vê. Quando eu comecei a criar uma relação muito forte com a mata, ela veio e falou assim: ‘Maurício, vou te levar pra conhecer uma árvore que você vai amar’. Eu era pequenininho. Aquela árvore extraordinária deve ter pelo menos uns 200 anos. A gente passa e acaba não reparando. Eu não imaginava, no meio da cidade, uma árvore tão antiga, tão bonita, foi uma coisa que me marcou muito, eu lembro até hoje.

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  • Eduardo Neves nasceu em São Paulo (SP), em 1966. Arqueólogo e um dos principais pesquisadores atuantes na Amazônia. Entre suas principais contribuições está a escavação do Sambaqui de Monte Castelo, em Rondônia, que revela a ocupação humana ao longo de 6 mil anos.

    Eu lembro quando teve aquele dia, aquela chuva negra aqui em São Paulo, eu estava em Rondônia; nunca vi uma cor de céu daquela na minha vida. Em 1997, teve a seca ligada ao El Niño; em 2005, teve uma seca muito forte; depois, outra em 2010. Mas, nas secas de 2023 e 2024, o Rio Madeira secou ali perto de Porto Velho, assim como alguns canais do Rio Solimões. Eu estive em Manaus em 2023 e era uma coisa distópica, o Rio Negro seco, um céu amarelo-chumbo. O lugar que tinha floresta hoje em dia não tem mais, as estações secas estão cada vez mais secas, o cheiro de fuligem, a fumaça no ar.

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  • Angelo Rabelo é coronel aposentado da polícia ambiental, nasceu em 1960, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. É fundador e diretor do Instituto Homem Pantaneiro (IHP).

    Aí a gente vê uma nuvem cinza vindo: ‘Nossa, será que finalmente é a chuva?’. A gente estava sentado num banco, esperando os helicópteros voltarem de um resgate na Serra do Amolar, no Acurizal. Um grau de esgotamento gigantesco, lidando com fogo de janeiro até dezembro. Aquilo vem crescendo, crescendo, e quando chega mais próximo, a gente percebe que era uma tempestade de areia com cinzas. Eu vejo aquilo, levanto e corro. Eram três e meia da tarde, em questão de minutos, virou noite. Foi assustador.

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  • Vitoria Silveira nasceu em Guaíba, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 2000. Após ser atingida pelas enchentes em 2024, se engajou voluntariamente para ajudar outros afetados e passou a trabalhar na CUFA (Central Única das Favelas).

    Eu estava em choque, era um cenário de apocalipse. A água veio ao contrário do rio. Uma cidade ribeirinha, a Eldorado do Sul, encheu mais de três metros e não tinha por onde ir a água, então ela veio por toda a BR e entrou dentro do meu bairro, que é muito longe. Aí que eu comecei a ver. Ele falou: ‘Tá vindo muita água’. Até tu olhar a rapidez daquela água, tu não entende o que que tá acontecendo. A gente subiu geladeira, subiu o que dava. Eu achava um máximo a gente sempre banhado por rio... Rio era muito legal. Ninguém olha mais pro rio da mesma forma.

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  • Luciani dos Santos é assistente social nascida em Pelotas, Rio Grande do Sul, em 1971. Em 2024, atuou no projeto Calamidade, atendendo à população afetada pelas enchentes no estado.

    Logo que a água baixou, eu passei na rua principal. Foi como se eu tivesse entrado em uma outra dimensão. Um cheiro muito forte daquele lodo. A água veio com força, chegou desorganizando tudo, vindo pra pedir mudanças pra todos nós. Ninguém esperava, o governo não esperava, a população não esperava. Hoje teve desmoronamento na serra, daqui a pouco vão ser queimadas. É o vento. Agora mesmo teve vento a não sei quantos quilômetros, que se perdeu algumas casas.

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  • Andrea Carla Medeiros Barbosa Silva é professora, nascida em Maceió, Alagoas, em 1977. Viveu e trabalhou por mais de 40 anos no bairro de Bebedouro, um dos locais afetados pelo afundamento de solo provocado por décadas de mineração de sal-gema. A partir de 2018, o bairro foi evacuado e ela foi obrigada a deixar a casa.

    "Você está em casa, você está sentindo?" - minha mãe falava. Ela chorava muito no telefone, estava muito nervosa. "Houve um tremor aqui, está todo mundo desesperado, tá todo mundo na rua." E eu não entendia direito. Como assim, um tremor? A gente ouve falar de tremores fora do país, não é uma coisa sentida aqui. Não havia outro assunto no bairro. Afirmavam que a gente tinha que sair, que ali era área de risco, que haveria um prazo para isso. E foi assim que nós saímos, porque fomos obrigados.

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  • Lucila da Costa Moreira Nawa nasceu na Aldeia República, no município de Mâncio Lima, Acre, em 1971. Formada em Magistério Indígena, é uma liderança política e espiritual do povo Nawa.

    Daqui nós não sai, daqui ninguém nos tira, só se for amarrado com embira! Meu pai trabalhava cortando seringa. Os seringais foram tomados dos indígenas. Chamavam nós de caboclo, mas nós sabia que era índio. Quem levantou a cultura do povo Nawa fui eu, a partir da pesquisa que eu fiz, das músicas, do rapé. O povo Nawa é matriarca. O meu espírito não é de ficar em casa, é de andar, ir no roçado, lutar, não desistir. Toda a minha vida eu fui da mata mesmo.

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  • Vergínia Justiniano Paz é ativista pela preservação do Pantanal, piloteira, brigadista voluntária e presidente da Associação de Mulheres Produtoras da APA Baía Negra.

    Ando na mata e as pessoas falam assim: ‘Não tem medo? Olha a onça’. Mas eu me sinto um animal também. Eu comprei oito gansos, aí um deles se perdeu. Eu não sei se foi a jaguatirica que tentou carregar ele. Eu fui marcando para onde eu estava indo, aí, quando eu fui voltar, eu não conseguia. Já estava escurecendo, era quase umas seis horas, e o meu sítio bem perto. Andei bastante, com muito custo eu consegui achar o caminho. O pantaneiro é assim: tem o horário de se guardar, que é o meio-dia e seis horas, onde você não pode estar na mata. Tudo tem seu tempo, tem seu momento.

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  • Binho Marques (Arnóbio Marques de Almeida Junior) nasceu em São Paulo (SP), em 1962. Cresceu no Acre e se formou em História junto de Marina Silva. Os dois conheceram Chico Mendes, que acompanharam até o seu assassinato, em dezembro de 1988. Foi governador do estado do Acre de 2003 a 2006.

    O Chico Mendes conhecia os tempos, os cantos dos passarinhos, era filho dessa cultura. A natureza não está sobrevivendo como ele gostaria. As mudanças climáticas estão para lá do pensamento mais pessimista que a gente imaginou. Claro, ele conquistou muitas coisas, influenciou o movimento ambientalista mundial, mas esse futuro que ele pensou não se viabilizou, a vida dos mais pobres não mudou como ele gostaria. Acho que ele e o Krenak estariam muito juntos repensando o futuro. O Ailton Krenak está muito tocado com tudo isso, acha que a gente tem que repensar as nossas lutas.

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  • Wenatoa Wenake Parakanã é uma jovem liderança indígena do povo Parakanã, nascida em 1991, na Terra Indígena Apyterewa em São Félix do Xingu, Pará. Foi a primeira mulher Parakanã a presidir a Associação Indígena Tato’a. Atualmente, é militante e denuncia os impactos causados pela construção da Usina Belo Monte, da Norte Energia, em sua região.

    A luta não para nunca, sempre continua. O nosso rio não está mais claro como era antes, está sujo, tipo um leite. A gente não pode tomar nem água, nem fazer nossa comida. É da floresta que a gente tira o nosso alimento. Se a água estiver poluída de onde a gente vai tirar peixe? Se não tiver a terra, como é que a gente vai sobreviver? É muito importante contar a nossa história, né? Deixar registrado para que os outros conheçam também.

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Em que momento você se sente conectado com a Terra?

Confira histórias de quem participou

Foto do Ailton Krenak Foto do Ailton Krenak

A vida no centro de tudo

Como perguntar de onde as pessoas vieram? O lugar de onde saíram ainda existe? O riacho onde bebiam água ainda é potável? E se a gente fizesse uma manobra, num sentido biocêntrico, na qual o humano deixa de ser essa coisa central e todos os organismos que constituem a vida são convidados a falar e a se pronunciar?
Ailton Krenak

Dê play, feche os olhos e escute algumas reflexões propostas por Ailton Krenak.

Uma expedição por biomas

Biomas são grandes regiões naturais que reúnem formas de vida, climas, solos e paisagens com características próprias.

Hoje, esses territórios enfrentam desafios que ameaçam seus equilíbrios vitais. As áreas mais preservadas estão em Terras Indígenas, onde o modo de vida dos povos originários mantém viva a relação entre natureza e cultura.

Entre 2024 e 2025, entrevistadores do Museu da Pessoa percorreram todos os biomas do Brasil, registrando 50 histórias que revelam Vidas, Vozes e Saberes em diálogo com as questões e a diversidade de cada região.

Maior floresta tropical do planeta, essencial ao equilíbrio climático global. Enfrenta o desmatamento acelerado e a ameaça aos territórios indígenas que ajudam a mantê-la viva.

A Amazônia perdeu quase 50 milhões de hectares de florestas nos últimos 40 anos.

Dentro da sabedoria ancestral, na hora do parto tem todo um cuidado com o umbigo, com o cordão umbilical. Tem um ditado: ‘Nascido e criado de umbigo enterrado’, porque quem nasce em casa, o umbigo é enterrado na comunidade. E é sempre perto de árvores grandes, porque é onde dá frutos. Assim a gente cria esse vínculo de proximidade com o espaço.

Vanuza Cardoso nasceu em 1977, em Ananindeua, Pará. Antropóloga e liderança espiritual do Território Quilombola do Abacatal, ainda luta pelo reconhecimento e pela proteção de seu território, cuja titulação foi conquistada em 1999.
Eu fiz a dieta da sucuri, tomei a saliva dela. Aí tem uma série de regras, uma delas é a alimentação. Tudo que a sucuri come, eu podia comer: cotia, paca, perereca, rãs e lagartos. O ensinamento vem através dos sonhos, onde o espírito se materializa em pessoas. Eu sonhei que estava na beira da aldeia e minha vó vinha descendo o rio, fazendo um canto poderoso com a voz bem fina. Ela veio cantando, vindo na minha direção. Foi assim que encontrei o espírito da sucuri.

Vinnya Yawanawá nasceu em 1973 no Território Indígena do rio Gregório, Acre. Indígena de família miscigenada (nõke-koi e yawanawás), é pioneiro no trabalho artístico e audiovisual de seu povo e também reconhecido como mestre dos cantos e medicinas.

Único bioma exclusivamente brasileiro, adaptado à seca e repleto de vida. Sofre com queimadas e degradação causadas pela expansão agropecuária.

Nos últimos 40 anos, 11,4 milhões de hectares da Caatinga foram queimados - uma área maior que o território de Portugal.

Talvez eu ainda tenha tempo para ser mais catingueiro, ser mais formiga... Mas, se eu não tiver, foi a dose do universo. 'Olha, o teu pedaço foi esse e está bom demais. Vai virar pó. Para, sendo pó, alimentar o micro-organismo do sertão. E se tu tiver sorte, um pássaro vai estercar ali uma semente de mandacaru e de repente tu vira um mandacaru'.

Tião Alves nasceu em 1962 em João Dias, Rio Grande do Norte. É cofundador do SERTA (Serviço de Tecnologia Alternativa), que atua no Nordeste brasileiro ensinando tecnologias sustentáveis e de baixo custo para agricultores do semiárido.
Esse meu milho batica, amarelo, era do meu avô. Depois, minha mãe foi guardando, plantando. Ela dizia 'ó, tem que guardar uma garrafinha de milho para plantar'. Aí eu fui guardando, plantando, e cada dia que passa eu aprendo mais com essa semente, que tem mais de 20 anos.

Quitéria Ana de Melo Teixeira nasceu em 1969 em Caetés, Pernambuco. É agricultora e guardiã de sementes. Trabalha no ensino de agroecologia para jovens e crianças e luta contra o impacto das torres eólicas em sua região.

Riquíssima em biodiversidade, estende-se pela costa brasileira. Abriga importantes bacias hidrográficas que abastecem milhões de pessoas.

Restam menos de 20% de sua cobertura original, fragmentada por séculos de desmatamento e urbanização.

2024 foi o ano mais quente de todos, e a gente teve um branqueamento que causou a morte de mais da metade dos corais. Lembro dos pescadores dizendo: 'Eu moro aqui há 70 anos e nunca tinha visto nada assim'. Não imaginei que ia ver o colapso bem na minha geração, com tudo morrendo ao meu redor. E eu vi...

Pedro Henrique Cipresso Pereira nasceu em Uberlândia, Minas Gerais, em 1984. É biólogo marinho e coordena, pelo ICMBio, a conservação de 120 km de corais entre Pernambuco e Alagoas.
O primeiro pé de café da Fazenda Santo Antônio da Água Limpa foi plantado em 1844, pelo avô do meu bisavô. Mas nós tínhamos muitas pragas na lavoura. Chegamos a passar tanto, tanto agrotóxico, que as folhas de café ficavam quase plastificadas. Aí o professor Jorge Abrahão me explicou que, na natureza, as pragas são controladas por outras vidas. Então eu comecei a plantar café jogando, assim, no chão, que nem passarinho. Começaram a me chamar de "João Louco”. Mas é que as plantas sabem o que tem que ser feito. Não eu. As plantas pensam.

João Pereira Lima Neto, nascido em 1948 em Mococa, São Paulo, é engenheiro civil, produtor de café orgânico e proprietário da Fazenda Santo Antônio da Água Limpa. Conhecido como “João Louco”, abandonou a agricultura convencional e o uso de agrotóxicos na década de 1990 e transformou sua fazenda em uma agrofloresta pioneira.

Maior planície alagada do mundo, abriga uma das maiores concentrações de vida selvagem das Américas. Perdeu quase 30% de suas águas e enfrenta incêndios cada vez mais intensos.

O Pantanal perdeu 29% de sua superfície de água entre a cheia de 1988 e a última, em 2018. Essa mudança favorece os incêndios. O total queimado de 2019 a 2023 foi de 5,8 milhões de hectares e corresponde principalmente às áreas afetadas pela seca.

Tem muitos pássaros que avisam quando algo não está bem. A águia, o urubu, a ema, as cobras. Elas trazem notícias. Esse louro, quando ele voa à noite, faz aquela gritaria fora de hora, está dizendo que vai morrer uma pessoa adulta. Quando esses periquitinhos voam, também de noite, estão dizendo que vai morrer uma criança. Esses são os sinais. Não tem no papel, mas tá na memória.

João Leôncio (Kambu) nasceu em Miranda, Mato Grosso do Sul, em 1961. É liderança do Povo Terena na Aldeia Mãe Terra, T.I. Cachoeirinha, agricultor e brigadista voluntário.
Às vezes, eu penso nas araras-azuis como uma parte do meu corpo. Quando eu peguei o primeiro fogo, incêndio mesmo, em 2019, foram 17 dias de incêndios imensos. A gente na névoa, na fumaça, tentando fazer alguma coisa que ajudasse as araras. Nada apagava. Avião, carro, água, enfim, nada. A não ser a chuva. Ela que apagou.

Neiva Guedes nasceu em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, em 1962. Bióloga, criou o Instituto Arara Azul, no pantanal mato-grossense, em 2003.

Campos nativos do sul do Brasil, com fauna e flora únicas. A expansão agropecuária e as mudanças climáticas reduziram drasticamente sua vegetação e alteraram o equilíbrio da região.

Estima-se que entre 1985 e 2021 o Pampa tenha perdido um quinto da sua vegetação campestre original, e que a vegetação nativa cubra agora menos da metade de sua área original (48,4%).

A água entrou e tu não tinha uma luz, tu tinha um silêncio... E, dentro desse silêncio, a gente só tinha a melancolia dos apitos. Apitos de resgate. Casa com água até o teto, um cachorro em cima do teto. E um apito... A enchente veio com uma violência que mudou a geografia dos rios. Se tinha curvas, virou um lance reto. Se tinha casas na frente, a água levou. Mas não era a casa do fulano. Eram as nossas casas.

Marco Antônio Xavier, conhecido como Kako, nasceu em Lavras do Sul, Rio Grande do Sul, em 1968. Pesquisador e artista, criou a Casa de Tambor, espaço de acolhimento e resistência da cultura negra. Morador do bairro do Laranjal, foi atingido pelas enchentes em Pelotas, em maio de 2024.
A gente perdeu tudo com o granizo. Nós plantamos 3 mil pés de tomate. Quando eu cheguei, não tinha mais nada. O granizo destruiu tudo. Aí decidi plantar frutas nativas, como a guavirova, o araçá. Os passarinhos vieram pra comer essas frutas e começaram a plantar estas e outras sementes, trazidas de outros lugares. Hoje a gente tem mais de 10 culturas diferentes. E foram os passarinhos que começaram tudo.

Enio Nilo Schiavon nasceu em Pelotas, Rio Grande do Sul, em 1963. Referência na concepção de sistemas agroflorestais, é fundador da feira ecológica de Pelotas e da Associação ARPA-SUL.

Berço das águas do Brasil, o Cerrado abriga enorme biodiversidade. Hoje é o bioma mais ameaçado, pressionado pelo agronegócio, desmatamento e queimadas.

O Cerrado já perdeu 28% da sua cobertura nativa e, em 2023, correspondeu a 61% da área desmatada em todo o país.

A gente descascava os cristais na porta da casa e jogava o resto na rua, conversando com os vizinhos. Garimpar cristal é um trabalho muito árduo, você levanta cedo, pega sol, abre buraco, é uma vida dolorida. A gente varria a calçada pra ficar limpinha, porque a gente corria descalço e o cristal corta. Lembro que - não tinha energia elétrica, né? - à noite, quando ficava de lua cheia, ela batia nos cristais, refletia e o chão todo ficava iluminado, clarinha como se fosse dia. Como um chão de estrelas.

Aristéia Avelino do Nascimento Santos nasceu em 1965, na Vila de São Jorge, Goiás. Aposentou-se como professora, mas também trabalhou como garimpeira de cristais, assim como seu pai. Atualmente, luta pela preservação da Chapada dos Veadeiros e em defesa do turismo sustentável na região.
Hoje a gente planta muita cana dessas com cruzamentos: a 120, a cana cuba. E a nossa cana 'roxona' tá acabando. E não é por falta de plantar: a gente até tenta. Antes, meu pai limpava a roça, aí vinha o solzão e ele pegava a semente e jogava. Ele plantava na seca, porque ele sabia que tal dia ia vir a chuva. Falava: 'Vem cá, vamos plantar no pó'. E aí, no dia que eles marcavam, a chuva vinha. A semente ficava ali dentro até a chuva chegar. Hoje em dia, você perde a semente e a mão de obra, porque se tentar assim a chuva não vem. Tem mudado tudo.

Lucas Luiz Gomes nasceu em 1990, no povoado do Moinho, região de Alto Paraíso de Goiás, Goiás. Atuou por muitos anos como turismólogo e guia turístico, até decidir voltar à sua comunidade e retomar a tradição familiar de produção e venda de rapadura.

Exposição em processo

Você Já Escutou a Terra? resulta de um processo de envolvimento de pessoas, comunidades e organizações de todo o país, refletindo a força da colaboração e da escuta.

14

estados percorridos

+ 200

pessoas envolvidas na tessitura do manto físico

+ 15

organizações parceiras

Conheça as organizações envolvidas!

Exposição em Belém

O manifesto Karen é um chamado para que a humanidade repense sua relação com o planeta e adote uma postura mais respeitosa e sustentável em relação à Terra. Ele enfatiza a importância de ouvir e valorizar as vozes da natureza, reconhecendo que a Terra é um organismo vivo que merece cuidado e proteção.

O manifesto destaca a necessidade de mudanças profundas em nossas atitudes e comportamentos, incentivando a adoção de práticas que promovam a harmonia entre os seres humanos e o meio ambiente. Ele também ressalta a urgência de agir diante das crises ambientais que enfrentamos atualmente, como as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e a poluição.

Em resumo, o manifesto Karen é um apelo para que todos nós escutemos a Terra, respeitemos seus limites e trabalhemos juntos para construir um futuro mais sustentável e equilibrado para todas as formas de vida no planeta.

O manifesto Krenak é um chamado urgente para que a humanidade repense sua relação com a Terra e adote uma postura mais respeitosa e sustentável em relação ao meio ambiente. Ele enfatiza a importância de ouvir as vozes da natureza e reconhecer que a Terra é um organismo vivo que merece cuidado e proteção.

O manifesto destaca a necessidade de mudanças profundas em nossas atitudes e comportamentos, incentivando a adoção de práticas que promovam a harmonia entre os seres humanos e o meio ambiente. Ele também ressalta a urgência de agir diante das crises ambientais que enfrentamos atualmente, como as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e a poluição.

Em resumo, o manifesto Krenak é um apelo para que todos nós escutemos a Terra, respeitemos seus limites e trabalhemos juntos para construir um futuro mais sustentável e equilibrado para todas as formas de vida no planeta.


Abrigada pelo Museu do Estado do Pará (MEP), a instalação “Você Já Escutou A Terra?” conta com paisagens sonoras, curadoria de histórias de vida e uma cabine interativa para registros de depoimentos.

A exposição física busca proporcionar ao público uma vivência de escuta que inclui experiências humanas e não humanas e que provoca o espectador a se perceber, a perceber seu corpo, seu território, sua escuta de si e do outro a partir de uma perspectiva biocêntrica.

A proposta integra a Programação 2025 do Museu da Pessoa.

Visite:

Exposição Você Já Escutou A Terra
  • A partir de 25 de outubro;
  • De terça a domingo, das 9h às 17h;
  • Museu do Estado do Pará (MEP - Praça Dom Pedro II, s/n - Cidade Velha, Belém);
  • Entrada gratuita.

A exposição Escute a Terra é resultado de uma parceria entre o Museu da Pessoa e o Instituto Alana, com curadoria de Ana Paula Cavalcanti Simioni e coordenação geral do Museu da Pessoa.

O projeto envolveu a colaboração de diversas equipes, incluindo produção executiva, design de exposição, comunicação, tecnologia e educação, entre outras áreas.

A concepção da exposição foi baseada em uma abordagem interdisciplinar, que buscou integrar diferentes perspectivas e saberes para criar uma experiência imersiva e reflexiva sobre a relação entre os seres humanos e o planeta Terra.

O processo de criação da exposição envolveu a realização de pesquisas, entrevistas e oficinas com especialistas, artistas e comunidades locais, visando enriquecer o conteúdo e a narrativa da mostra.

Além disso, a exposição contou com a participação ativa do público, que foi convidado a contribuir com suas próprias histórias e reflexões sobre o tema, por meio de cabines de gravação e plataformas digitais.

Curadoria
Ailton Krenak | Karen Worcman

Direção de conteúdo
Lucas Lara

Parcerias e Relações Institucionais e Governamentais
Rosana Miziara | Anna Miranda [assistente]

Produção executiva
Beatriz Saghaard | Lucas Lara | Paola Valentina Xavier

Produção local
Melissa Barra | Raphaela Macedo Paiva de Vasconcelos

Projeto de expografia
Marcelo Larrea | Samara Pavlova

Assistente de cenografia
Aldo Silva Paz

Projeto gráfico
Mariana Afonso

Criação têxtil
Bia Carneiro [coordenadora dos grupos de crocheteiras e costureiras]

Diretor de produção [expografia]
Marcelo Larrea

Construção e montagem da expografia
Aldo Silva Paz | José Paulo Araújo

Vídeos
Marcos Faria

Edição de Histórias
Rita Carelli

Textos
Ailton Krenak | Karen Worcman

Pesquisa de Acervo e textos contextuais
Bruna Ghirardello | Lucas Torigoe | Luiza Gallo | Teresa de Carvalho

Revisão de textos
Carolina Machado

Tradução (inglês)
Priscila Adachi

Exposição virtual
Odilon Gonçalves | Leandro Almeida | Thiago Magalhães | Amanda Lira | Isadora Catem | Ariane Permonian | Milena López

Proposta Educativa
Sônia London | Lucas Lara

Mediação e monitoria
Laura Lousy [coordenação] | Katja Hoelldampf | Thaissa Oliveira | Tainá Silva

Registros audiovisuais e fotográficos
Alisson da Paz | Ana Clara Muner | Ian Nóbrega | Little Stories Filmes | Luis Ludmer

Entrevistadores
Ana Clara Siqueira | Bruna Ghirardello | Gabriel Razo | Jonas Samaúma | Kire | Ligia Scalise | Lucas Torigoe | Luiza Gallo | Paulo Endo | Rangel Sales | Renata Pante | Rosana Miziara | Sofia Tapajós

Histórias de vida
Aldaiso Luiz Vinnya (Vinnya Yawanawá) | Alexandre Gomes Teixeira Vieira | Alvir Longhi | André Luiz Siqueira | Ângelo Pacelli Cipriano Rabelo | Anselmo Ronaldo Oliveira de Souza | Aristéia Avelino do Nascimento | Arnóbio Marques de Almeida Júnior (Binho Marques) | Benedito Valeriano de Arruda | Carlos Augusto da Silva | Célia Maria Ferreira dos Santos | Cícero José Constantino da Silva | Eduardo Góes Neves | Elaine da Silva Padoan | Enio Nilo Ludwvig Schiavon | Flávio Vicente Machado | Gisele Cavati Leal | Gislaine Maria Silveira Disconzi | Ivete Caetano de Oliveira | João Leôncio (Kambu) | João Pereira Lima Neto | Josefa Maria da Silva Santos | Karoline Freire Dias | Kleke Nyhó/ Frederico Ribeiro da Silva | Norivaldo Mendes/Simão (Kunumi Wera Dyjuiy) | Laureane da Costa Ataíde | Lilia Cristiane Barbosa de Melo | Lucas Luiz Gomes | Luciani dos Santos Fonseca | Márcia Morais Molina | Marco Antônio Moreira Xavier | Maria da Penha Maia Fernandes | Maria Dalva de Sousa (Waiu) | Maria Guiomar Oliveira de Souza | Mauricio Ruiz Castello Branco | Mercedes Maria da Cunha Bustamante | Miguela Almeida (Kunha Wera Jeguai) | Mônica Santos | Neiva Maria Robaldo Guedes | Paula Francinete Rubens de Menezes | Paulo Eduardo Artaxo Netto | Pedro Henrique Cipresso Pereira | Quitéria Ana de Melo Teixeira | Rodney Costa | Rosemery Barros Pinheiro | Sebastião Alves dos Santos | Sebastião Carlos dos Santos | Simão Salgado da Silva | Thaynara Conceição Fernandes | Tito Vilhalva (Tupãro Tavy Terã) | Vanuza da Conceição Cardoso | Vergínia Justiniano Paz | Vitória Silveira | Waldemar Oliveira de Souza | Weimar Oliveira de Souza

Instituições parceiras
Associação Folclórica e Cultural Colibri de Outeiro | Brigada Ribeirinha | Casa Iacitatá - Amazônia Viva | GEMPAC | Guardiões da Memória | Gueto Hub | GPDH - IEA/USP | IBEAC | Museu da Cultura Hip Hop RS | Museu das Culturas Indígenas | Museu do Estado do Pará | Museu Nacional dos Povos Indígenas | Nugen | OCAS ONG | Redes da Maré

PAISAGEM SONORA

Criação
Benjamin Taubkin

Produtor Musical e Engenheiro de Som
Kabé

Sonorização
Raul Teixeira

Técnico de som local
Júlio Negão Silva

Pesquisa de acervo
Nicolau da Conceição

CONFECÇÃO DO MANTO DE RESÍDUOS DE MEMÓRIAS

Crocheteiras - NUGEN e GEMPAC
Acilene Coelho Garcia | Alessandra Albuquerque Monteiro | Ana Beatriz Melo | Ane Cristina Vieira de Souza | Catarina Sueli Silva Freitas | Elaine Cristina Rodrigues Alves | Enzo Paolo Garcia Lima | Fátima Pedrina Barbosa Coelho | Gabriele Garcia Pereira | Graziele Garcia Pereira | Greice Martins Costa | Ingrid Dayane da Silva Damasceno | Ireni Aguiar Paixão | Jackeline Godinho Jacob | Jaquelyne Oliveira Serra | Josiane de Souza Lima | Laila Adriene Santos Costa | Maria das Graças Melo da Silva Andrade | Maria de Nazaré Rodrigues de Oliveira | Maria Domingas da Silva | Marielle Alexsandra Nascimento Pinheiro | Marlucia Almeida da Costa | Marília Garcia Praia | Marizete Baptista Costa | Rosa Maria Barbosa Meireles | Selma do Socorro Pinheiro de Castro | Suzy Araujo Bastos | Victoria Cordeiro Santos

Costureiras
Ana Margarete Barbosa Meirelles | Jeane Mayara Freitas do Nascimento | Josiane de Souza Lima | Maria da Conceição Ferreira Pinto | Nélia Belmira Barbosa Meirelles

Agradecemos às instituições parceiras que contribuíram com materiais e resíduos para a realização da exposição:

Atelier Simone Abitbol | Beleza Numa | Canoa Pai d'egua | Cervejaria Araguaia | DomNato Casa de Pães | Fortaleza do Porto do Sal - Ferragens em geral | Hiléia Alimentos | Kalibazaar | Marmobraz| Na Figueredo - Um Núcleo de Conexões | Ozone Conexão Natureza

Agradecemos também aos parceiros que, de diversas formas, tornaram possível esta exposição e a programação 2024-2025 do Museu da Pessoa:

IBRAM | IPHAN | IPR - Instituto de Políticas Relacionais | Armazém Memória | UNESCO

FICHA TÉCNICA - MUSEU DO ESTADO DO PARÁ

Governador do Estado
Helder Barbalho

Vice-Governadora do Estado
Hanna Ghassan

Secretária de Estado de Cultura
Ursula Vidal

Secretário-Adjunto
Bruno Chagas

Sistema Integrado de Museus e Memoriais

Diretor
Armando Sampaio Sobral

Museu do Estado do Pará

Diretor
Bruno Silva

Equipe
Antônio Sérgio | Diovan Cunha | Gorete Lourinho | Kleber Farias | Marcelo Larêdo | Otávio Vinhote | Paulo do Canto | Rita da Silva

Coordenação de Conservação

Coordenadora
Susanna Teles

Equipe
José Fontenele | Lia Lopes | Mizanara Ferreira | Zenaide Paiva

Coordenação de Curadoria e Montagem
Coordenador | Nando Lima

Equipe
Andrei Duarte | Marcus Moreira | Paulo André

Coordenação de Documentação e Pesquisa
Coordenador | Anselmo Paes

Equipe
André Andrade | Cássia Da Rosa | Dayseanne Ferraz | Janaina Erse | Jorge Alex | Márcio Nahmias | Nazaré Fernandes

Coordenação de Educação e Extensão
Coordenadora
Sandra Rosa

Equipe
Carolina Pinheiro | Luciana Akim | Nilson Damasceno | Georgina Lobato

Coordenação de Infraestrutura
Leno Martins | Antônio Vallinoto | Rodolfo Cerveira

Apoio Técnico
Araújo Abreu Engenharia | Cactos Serviços | C&S Vigilância e Segurança Patrimônio

Museu da Pessoa

O Museu da Pessoa é um museu virtual e colaborativo, fundado em 1991, que registra, preserva e compartilha histórias de vida de pessoas de diversas origens e lugares. A partir desse acervo e de sua metodologia, o Museu da Pessoa realiza diversas ações culturais e educativas que revelam o poder das histórias para inspirar, provocar e transformar o presente e o futuro.

Escute o manifesto do Museu da Pessoa narrado por sua fundadora e curadora, Karen Worcman.

Manifesto do Museu da Pessoa

Saiba mais sobre o Museu da Pessoa

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Conheça histórias

Conheça histórias neste manto de resíduos de memórias.

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